Tenho muitos parques dentro de mim
e delitos
- nas alamedas como
comunicam os bancos,
de madeira mais quentes,
sustentam no longo calor
e se sobrepõem aos dias
dos meus aniversários
amáveis como parecem agora
rostos suados no jardim de casa,
amigos, entre figos e ameixas perfeitas.
Deitado em cima da cama só vejo o céu
e oiço, não abafado pela música
do rádio, o corta-relvas do vizinho,
o alívio da estação, como
um véu estendido, com o cheiro acre
da erva cortada. Eros e sol, assim.
- Como Colin,
embora durante poucos dias,
fora do jardim secreto.
Mas será da morte para a vida,
também para mim? Virá
a hora e no sono imóvel
de doente sou percorrido
pelas voltas ferozes dos meus filhos,
rápidos, nos parques dos mortais.
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